Treinamentos e cursos rápidos são opções para quem quer se qualificar

Mais de um milhão de pessoas estavam desempregadas no Brasil no mês passado, segundo o IBGE. Sendo que mais de 500 mil tinham, no máximo, até 10 anos de estudo. Esses números são bem menores do que há 15 anos, mas ainda refletem a importância da qualificação da mão de obra.

Um bom começo para essa formação são os cursos e treinamentos rápidos. Existem cursos para vários setores, principalmente comércio e serviços. A CNC, que congrega esses setores, fez um levantamento e apontou que mais de 70% das atividades ligadas a essas áreas precisam de mão de obra qualificada. No Brasil tem muitos cursos de graça e rápidos, alguns de até uma semana.

O ex-taxista Álvaro de Souza resolveu mudar completamente de área. Ele é um dos alunos do curso de pizzaiolo.  “Pretendo agora ingressar nesse mercado como funcionário, para adquirir bastante experiência e poder montar um dia meu próprio negócio.”

O curso dura uma semana e ensina noções básicas de higiene, legislação e a preparar a famosa pizza. O treinamento é uma parceria entre a Prefeitura de São Paulo e uma pizzaria e voltado principalmente para quem está desempregado. “Infelizmente no mercado não existe nada pronto. Temos a necessidade, principalmente em restaurantes, pizzarias, de ter uma noção básica até de higiene pessoal”, explica o sócio da pizzaria Elídio Biazini.

A gerente de parcerias do CAT, Sabina Alexandrino, explica que é preciso oferecer oportunidades. “A gente percebe que as pessoas precisam de uma oportunidade de qualificação. Por isso que as empresas tem tido essa iniciativa de procurar o poder público para desenvolver esses projetos.”

Há cursos que exigem um tempo maior de dedicação dos alunos. Um sobre computadores dura seis meses. “Eles aprendem informática básica, manutenção e montagem de computadores, rede de computadores, além de um trabalho de capacitação e orientação profissional para que ele se prepare melhor para uma entrevista de emprego”, fala o coordenador do curso Artur Roberto da Silva Junior.

Os alunos têm entre 16 anos e 20 anos. No fim do aprendizado, o currículo de cada um é distribuído aos parceiros da fundação responsável pelas aulas. Muitos começam a trabalhar logo em seguida.

Beleza
Também segundo a CNC, o número de salões de beleza cresceu quase 130% de 2006 a 2012. Os preços dos serviços cobrados aumentaram e os salários dos funcionários também. Muita gente está estudando para montar o próprio salão.

Um levantamento da Associação Nacional do Comércio de Produtos de Beleza revelou que o número de salões cresceu 78% em cinco anos. São sete mil novos negócios na área de beleza no Brasil, a cada mês, segundo o SEBRAE. Isso significa oportunidade de trabalho.

A secretaria de Trabalho de Goiânia oferece curso de cabeleireiro gratuito. É uma parceria com o Sine, mas são cursos que podem ter em todo o Brasil. São 30 dias e os alunos aprendem a cortar o cabelo, secar, fazer selagem, progressiva.

Fonte: http://g1.globo.com/jornal-hoje/noticia/2013/10/treinamentos-e-cursos-rapidos-sao-opcoes-para-quem-quer-se-qualificar.html